O Herbário da Universidade de Coimbra (COI) é uma colecção de investigação para a comunidade nacional e internacional. Os exemplares e as suas etiquetas constituem uma fonte de informação para investigação taxonómica bem como a evidência dessa mesma investigação depois de publicada (exemplares testemunho). Alojar exemplares permanentemente e torná-los acessíveis aos taxonomistas, os principais utilizadores, e a outros utilizadores, sob as regras gerais de direitos de propriedade, constituem os principais objectivos da conservação da colecção.
| InformatizarCOI reconhece a necessidade actual de acesso rápido aos exemplares e à informação neles contida bem como da responsabilidade de Portugal em repatriar informação para outros países. Para tal, o Herbário desenvolveu uma política firme para a informatização dos exemplares e tornar esta informação disponível no seu Catálogo. | |
| DigitalizarA captura de imagens em COI é executada em HERBSCAN, com um scanner invertido, ou com máquina fotográfica digital em caixa de luz. Em ambos os casos os exemplares são digitalizados com (i) código de barras individual, (i) régua, (iii) escala de cores e cinzentos. |
| Colher exemplaresCOI possui um grande número de exemplares da flora portuguesa, resultado de várias décadas de expedições organizadas pelo Herbário e a colaboração de membros da Sociedade Broteriana. O último de várias gerações de colectores, Arménio Matos, reuniu-se recentemente à equipa do Herbário. Em 2015, o 135º aniversário deste espólio, retomaram-se as saídas de campo após três décadas de interrupção. O objectivo é colher espécies aqui pouco representadas ou não representadas. | |
SeminariumEsta é uma colecção de sementes, principalmente da flora portuguesa, mantida à temperatura ambiente em tubos de vidro e rolhas de cortiça, fumigada e congelada periodicamente para fins de conservação. Foi iniciada por Luís Cabral nos anos 1960s como auxiliar da identificação. Consiste em 2.552 espécies/tubos, todos identificados. O seminário está a ser expandido para incluir as sementes de c. 1.460 espécies colhidas em 2013 por A. Matos para o último Index Seminum distribuído pelo Jardim Botânico de Coimbra, e mais 2500 a 2800 amostras reunidas ao longo dos anos para fins de identificação. | ||
| BriófitasApós o projecto sobre São Tomé e Príncipe, os musgos e hepáticas foram mantidos separadamente. O material oferecido pelos colaboradores do projecto chegou a COI e corresponde a c. 25% do material existente. Este trabalho está a decorrer em colaboração com Dr Cecília Sérgio, brióloga em LISU e Centro de Biologia Ambiental, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. | |
| MacroalgasEstão a ser adicionados a COI 1.812 exemplares de macroalgas de MACOI bem como a respectiva base de dados; todo o material algal está a ser reorganizado. Este trabalho está a decorrer em colaboração com Prof. Dr Leonel Pereira, algologista do Departamento de Ciências da Vida, Universidade de Coimbra. | |
| FungosEstá a ser adicionada a COI a colecção recente de c. 200 exemplares de macrofungos de José Miguel Pereira. Este trabalho está a decorrer em colaboração com Prof. Dr Teresa Gonçalves, especialista em fungos do Departamento de Ciências da Vida e Centro de Ecologia Funcional, Universidade de Coimbra. |
| MontagemExistem cerca de 11.000 exemplares que aguardam montagem. Este problema começou a ser resolvido com a entrada de um novo técnico para o Herbário. Os métodos e técnicas para montagem e conservação de material seguem várias das práticas do Herbário do Royal Botanic Garden Edinburgh (E). | |
| Controle de qualidade dos exemplaresControle de qualidade dos exemplares A Colecção Portuguesa está a ser restaurada. Devido à interrupção do processo de fumigação nos anos 1970-80 ocorreu a contaminação de algum material com o Coleoptera Lasioderma serricorne (Fabricius, 1792). Também em alguns casos o material de suporte não envelheceu com qualidade e cedeu à manipulação. | |
| Controle de pestesControle de pestes Durante décadas o controle de pestes foi feito com dissulfeto de carbono. Este tratamento foi interrompido quando foi declarada a sua proibição e só após duas décadas foram introduzidos novos procedimentos. Todos os materiais vegetais passam por um tratamento a frio antes de entrarem no Herbário. O tratamento consiste em dois períodos consecutivos de 48 hrs a -18oC. Os exemplares são selados em sacos de plástico. Cerca de dois em dois anos é realizada uma fumigação química em cada um dos dois andares do Herbário. |