Metacognição e avaliação formativa
Carlos Barreira, Graça Bidarra e Piedade Vaz Rebelo - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC)
Todos os níveis de ensino (Pré-escolar, Ensino Básico e Secundário)
O conceito de metacognição, inicialmente desenvolvido por Flavel para caraterizar a capacidade do ser humano de pensar sobre o seu próprio pensamento, tornou-se nas últimas décadas um campo proeminente da psicologia e educação pelas implicações que tem para o ensino e a aprendizagem. Embora o conceito revista atualmente múltiplas interpretações, há evidências que o recurso a estratégias metacognitivas contribui para a aprendizagem e sucesso académico, promovendo nos/as alunos/as a consciência dos processos mentais e estratégias de autorregulação, identificando áreas em que precisam melhorar e definindo objetivos de aprendizagem claros para si próprios/as. Trata-se de aprender como aprender, que constitui um dos pilares da educação do século XXI.
No mesmo sentido, a avaliação formativa, que supõe uma clarificação dos objetivos, critérios e resultados esperados, um feedback frequente e diversificado e tarefas que desenvolvam a capacidade de autoavaliação e reflexão, tem vindo a ser assumida como indispensável à aprendizagem, no quadro de uma cultura de avaliação positiva e orientada para o sucesso. O desenvolvimento de competências de autoavaliação dos alunos/as constitui um dos objetivos que se pretende alcançar, a que não são alheias estratégias metacognitivas que fomentem a autonomia e regulação das aprendizagens.
A oficina tem como objetivos gerais promover a consciência de docentes dos vários níveis de escolaridade da importância da metacognição na aprendizagem e autonomia e o desenvolvimento das referidas competências, explorando a inter-relação entre estratégias metacognitivas e de avaliação formativa e como podem potenciar a autorregulação dos/as alunos/as.