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Reparação da válvula mitral

É uma das referências do Serviço. Regularmente são recebidos doentes de todo o país e do estrangeiro para serem submetidos a este tipo de cirurgia. Em todas as grandes séries de reparação mitral os doentes vivem mais tempo e com menos complicações, excepto, nalguns casos, por uma maior necessidade de reoperações como resultado da deterioração da função valvular. Por conseguinte, é sempre preferível recuperar a válvula.

A reparação da válvula mitral representa, contudo, um desafio técnico, exigindo uma curva de aprendizagem mais prolongada. Mais de 80% das válvulas operadas no Serviço, puderam ser reparadas e apenas cerca de 20% necessitaram de ser substituídas, o que não terá sido conseguido por nenhuma outra equipe cirúrgica em todo o mundo. Estes factos fazem atrair doentes de todas as regiões do País e alguns do estrangeiro, sendo também motivo para a visita de inúmeros cirurgiões estrangeiros, interessados na observação e aprendizagem destas técnicas. Excelentes resultados têm sido obtidos e têm sido publicados em revistas científicas da especialidade nacionais e internacionais e em congressos e outras reuniões científicas.

Transplantação Cardíaca

A transplantação cardíaca é hoje reconhecida como uma modalidade terapêutica da insuficiência cardíaca avançada.A primeira transplantação cardíaca foi realizada em Cape Town por Christiaan Barnard, em Dezembro de 1967. Esta intervenção histórica foi seguida de muitas outras em vários centros espalhados por todo o mundo mas, após uma década de insucessos relativos, só no início da década de 80, com a introdução da Ciclosporina, se assistiu ao relançamento desta modalidade terapêutica.Desde então, mais de uma centena de milhar de pacientes foram submetidos a transplantação cardíaca com resultados e sobrevivências impensáveis nos primórdios desta actividade cirúrgica. Actualmente, estima-se uma actividade de mais de 5.000 transplantes anuais e a sobrevivência esperada é superior a 70% aos 5 anos e a 50% aos 10 anos. A expectativa de vida adicional para os sobreviventes à operação é de cerca de 13 anos.Em Portugal, a primeira transplantação cardíaca foi realizada em Fevereiro de 1986, pela equipa de Queirós e Melo no Hospital de Santa Cruz.Subsequentemente, outros dois Centros, o Hospital de Santa Marta e o Hospital de São João, iniciaram esta actividade. Contudo, após o entusiasmo dos primeiros anos, o número de transplantações cardíacas feitas em Portugal durante a última década, de 1992 a 2002 foi em média de 11 por ano, repartidas pelos três Centros. Tendo em conta que as necessidades estimadas de transplantação cardíaca no nosso país se situarão à volta dos 60 a 70 por ano, estavam a satisfazer-se menos de 20% das necessidades.Por esta razão, e também porque nos últimos 5 anos nenhum dos doentes do nosso Hospital referidos para transplantação tinham sido operados, o Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, decidiu iniciar um programa de transplantação cardíaca neste Hospital, assumindo, aliás, a tradição que a esta Instituição pertencia na área de transplantação de outros órgãos sólidos, nomeadamente rim e fígado. O primeiro doente foi transplantado no dia 23 de Novembro de 2003. Até final de 2010 tinham sido transplantados 189 doentes.(in Transplantação Cardíaca - 5 anos de actividade, artigo publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia)Dados relativos ao funcionamento da transplantação cardíaca no nosso Centro

A transplantação cardíaca é hoje reconhecida como uma modalidade terapêutica da insuficiência cardíaca avançada.

A primeira transplantação cardíaca foi realizada em Cape Town por Christiaan Barnard, em Dezembro de 1967. Esta intervenção histórica foi seguida de muitas outras em vários centros espalhados por todo o mundo mas, após uma década de insucessos relativos, só no início da década de 80, com a introdução da Ciclosporina, se assistiu ao relançamento desta modalidade terapêutica.

Desde então, mais de uma centena de milhar de pacientes foram submetidos a transplantação cardíaca com resultados e sobrevivências impensáveis nos primórdios desta actividade cirúrgica. Actualmente, estima-se uma actividade de mais de 5.000 transplantes anuais e a sobrevivência esperada é superior a 70% aos 5 anos e a 50% aos 10 anos. A expectativa de vida adicional para os sobreviventes à operação é de cerca de 13 anos.

Em Portugal, a primeira transplantação cardíaca foi realizada em Fevereiro de 1986, pela equipa de Queirós e Melo no Hospital de Santa Cruz.

Subsequentemente, outros dois Centros, o Hospital de Santa Marta e o Hospital de São João, iniciaram esta actividade. Contudo, após o entusiasmo dos primeiros anos, o número de transplantações cardíacas feitas em Portugal durante a última década, de 1992 a 2002 foi em média de 11 por ano, repartidas pelos três Centros. Tendo em conta que as necessidades estimadas de transplantação cardíaca no nosso país se situarão à volta dos 60 a 70 por ano, estavam a satisfazer-se menos de 20% das necessidades.

Por esta razão, e também porque nos últimos 5 anos nenhum dos doentes do nosso Hospital referidos para transplantação tinham sido operados, o Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, decidiu iniciar um programa de transplantação cardíaca neste Hospital, assumindo, aliás, a tradição que a esta Instituição pertencia na área de transplantação de outros órgãos sólidos, nomeadamente rim e fígado. O primeiro doente foi transplantado no dia 23 de Novembro de 2003. Até final de 2015 tinham sido transplantados 304 doentes.

(in Transplantação Cardíaca - 5 anos de actividade, artigo publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia)

O Centro de Cirurgia Cardiotorácica foi considerado em 2016 como o único Centro de Referência na Transplantação, o que veio confirmar o papel activo desempenhado por este Serviço na Área da Transplantação. (ver em Destaques)