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História do Serviço

Para se perceber um pouco melhor a dinâmica deste Serviço é necessário olhar para a sua história. A Cirurgia Cardíaca de coração aberto nos Hospitais da Universidade de Coimbra foi iniciada em 1976, no Serviço de Cirurgia III dirigido pelo Prof. Doutor Bartholo do Valle Pereira, o qual já havia anteriormente efectuado a primeira correcção de uma coartação da aorta em Portugal, em 1957, e foi o responsável pelo inicio da comissurotomia mitral fechada, como tratamento cirúrgico para a estenose mitral. No entanto, e em resultado de condicionalismos de ordem vária, nomeadamente de carácter logístico, a actividade clínica e operatória manteve-se em nível bastante reduzido, só entrando em pleno funcionamento, e segundo os moldes actuais, em Março de 1988, já no novo hospital, sob a direcção do Prof. Doutor Manuel J. Antunes.

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São múltiplos os factores que podem ser apontados para o sucesso desta equipa, mas um deles é certamente o facto de todos os elementos do corpo clínico se encontrarem em regime de dedicação exclusiva e jornada contínua, situação que permitiu eliminar, desde muito cedo, a lista de espera para cirurgia cardíaca e torácica existente na Zona Centro do País, área de influência deste Hospital.

A crescente produtividade evidenciada ao longo dos anos, a par da elevada qualidade dos serviços prestados, expressa nas baixas taxas de mortalidade e morbilidade, contribuíram para o prestígio do Serviço não só a nível nacional como também a nível internacional. Por estes motivos, o Serviço começou a ser procurado por doentes de todo o País, dando assim um importante contributo na diminuição da lista de espera nacional. Regularmente, o Serviço é também procurado por doentes provenientes do estrangeiro.

As instalações do Serviço, inicialmente localizadas no Hospital Central, projectadas para um débito muito menor, rapidamente se tornaram insuficientes para os objectivos propostos pelo que, em 1991 foi concretizado o projecto de alargamento da unidade de internamento e da construção de uma nova sala de operações, o que influenciou positivamente o débito cirúrgico, tendo-se em 2000 ultrapassado as 10.000 cirurgias de coração aberto. 

Tratou-se apenas de uma modesta alteração, projectando-se a construção de novas instalações. No último dia do ano de 1999 foi, finalmente, autorizada pelo Ministério da Saúde a adjudicação das obras do novo Serviço, cuja construção foi iniciada em Setembro de 2000, com um custo global de mais de 12,5  milhões de Euros. A inauguração e mudança para as novas instalações ocorreu em 30 de Setembro de 2002. Trata-se de um edifício de raiz que tornou o Serviço no maior e mais bem apetrechado do País.

Desde há cerca de 8 anos têm-se realizado cerca de 1.100 cirurgias de coração aberto e mais de 600 outras cirurgias torácicas, para um total de aproximadamente 1.700 cirurgias anualmente. O ano de 2011 ultrapassou o nível de cirurgias já atingido anteriormente, com 1724 cirurgias efectuadas, numa altura em que a maior parte dos centros portugueses se encontram em actividade próxima da necessária para responder às necessidades de doentes com indicação cirúrgica.

Desde 2000, a realização de cirurgias abrange também uma missão humanitária no Instituto do Coração de Maputo, Moçambique, em que são operados doentes que de outra forma não teriam capacidade de aceder a estes cuidados. Paralelamente a esta actividade, são desenvolvidas formações de pessoal técnico para enriquecer em termos médicos o país em causa.

Em Novembro de 2003, iniciou-se o programa de transplantação cardíaca que mantém uma actividade anual de 25 a 30 operações, o que corresponde a cerca de dois terços dos transplantes realizados no País.

Para além desta actividade cirúrgica, o Centro mantém uma actividade habitual no ensino dos alunos da Faculdade de Medicina, na leccionação das disciplinas de Anatomia (1º ano) e de Cirurgia Cardiotorácica (5º ano), bem como na Escola Superior de Tecnologia de Saúde (responsável pela disciplina de Métodos e Técnicas em Cirurgia Cardíaca do Curso de Cardiopneumologia) e na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

Durante a última década, o Serviço foi honrado com as visitas de grandes figuras mundiais da cirurgia cardíaca, entre as quais se destaca Sir Brian Barratt-Boyes, e os Professores Christian Barnard, pioneiro na transplantação cardíaca, Floyd Loop, Director da Cleveland Clinic, John Barlow, Craig Miller, Hans Borst, Alain Carpentier, Gordon Danielson, Adib Jatene, Shahbudin Rahimtoola, Marco Turina e Magdi Yacoub, os últimos para participar nos Simpósia Internacionais – Update in Cardiac Surgery, que o Serviço organizou em 1993, evento que constituiu um grande sucesso.

O Serviço tem também sido frequentado por inúmeros cirurgiões provenientes de mais de 20 países, para a realização de estágios com duração de vários dias a mais de um ano, especialmente relacionados com a actividade de reconstrução da válvula mitral, de que o Serviço se tornou referência internacional. 

No final de 1998, o Serviço foi distinguido com a honra de ser o primeiro Centro de Responsabilidade criado no País sob a nova filosofia dos Centros de Responsabilidade Integrada. Por conseguinte, a partir de 1999 passa a funcionar com autonomia administrativa e financeira, sendo também designado como laboratório para aplicação de novas metodologias de gestão, com o objectivo de serem eventualmente generalizadas a outros Centros de Responsabilidade.

Em 2008 o Serviço celebrou o seu vigésimo aniversário com a presença das mais prestigiadas figuras da Cirurgia Cardiotorácica europeia, nomeadamente: Alain Carpentier, Magdi Yacoub, Friedrich Mohr, Tom Treasure e René Petre e Reiner Korfer.

Em 2012, uma avaliação do Tribunal de Contas considerou o Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) dos HUC-CHUC o que apresentou melhor performance, entre 2008 e 2010, nos marcadores da actividade cirúrgica. Em 2013 o Serviço comemorou os seus 25 anos sob a direcção do Professor Manuel Antunes, altura em que contabilizava 35276 doente operados globalmente. A data foi comemorada sob a forma de um Simpósio ao qual compareceram dos mais conhecidos vultos da Cirurgia Cardiotorácica mundiais, nomeadamente o Professor Alain Carpentier e Professor Magdi Yacoub, os quais foram contemplados com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. 

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