- O que fazer com Alceste?
- Antígona
- O Soldado Fanfarrão
- Medeia
- As duas faces de Hécuba
- A Comédia da Cestinha
- Prometeu Agrilhoado
- As Bacantes
- As Rãs
- Andrómaca
- Lisístrata
- Suplicantes (Ésquilo)
- Ensaio sobre a cicuta
- A Sogra
- Hipólito
- Fulaninho de Cartago
- As Vespas
- Agamémnon
- As Suplicantes (Eurípides)
- Teócrito e Virgílio
- Electra
- Mulheres no Parlamento
- Marcial em trajes de cena
- Traquínias
- Anfitrião
- Heraclidas
- O Poeta e o Maçador
- Epídico
Heraclidas
Estreia: 23 abril, 2001
Heraclidas de Eurípides
Adaptação e encenação: Delfim F. Leão
Tradução do original grego: Cláudia Cravo Luz; Ricardo Monteiro
Sinopse
Quando Eurípides escreve e leva à cena Os Heraclidas (430 a.C.) já fez cinquenta anos e celebra as suas bodas de prata como dramaturgo. A cidade de Atenas está em guerra com Esparta desde o ano anterior, numa guerra que durará ainda vinte e cinco anos até que a derrota definitiva desta cidade se consuma (403 a.C.). É Péricles que dirige os assuntos da cidade no momento da estreia d’Os Heraclidas.
Esta resenha histórica ajudará talvez a compreender melhor porque terá Eurípides escolhido o mito tratado nesta tragédia. Aqui, Atenas, precisamente por causa da hospitalidade prestada aos filhos de Héracles, vê-se deparada com um conflito bélico contra Argos e o seu rei Euristeu, carrasco de Héracles em vida ‒ foi ele que lhe impôs os lendários trabalhos ‒ e implacável perseguidor dos seus filhos depois da morte do herói. Eurípides parte deste argumento para tecer a trama da tragédia de lolau e Alcmena como protectores dos desamparados filhos e filhas de Héracles. O bom e equilibrado rei de Atenas, Demofonte, filho de Teseu, não põe de parte o recurso à guerra à força de fazer cumprir os deveres sagrados de quem suplica proteção em frente ao altar de Zeus. A vitória no conflito armado, na qual participará também o rejuvenescido lolau, é assegurada pela jovem filha de Héracles, a mais velha de todas, que se sacrifica voluntariamente, para cumprir a prescrição de um oráculo. Euristeu, derrotado, acaba por aparecer no final da tragédia, para submeter-se à execução imposta por Alcmena, a grande protagonista da segunda parte da tragédia.
Ficha Técnica
Direção de atores: Delfim Leão, Victor Torres, Rui Henriques
Guarda-roupa: Luísa Ferreira, com a colaboração de Maria Valente e Delfim Leão
Caracterização e adereços: Ana Balula, com a colaboração de Raquel Gafanha
Confeção de máscaras: Eduardo Mendes, com a colaboração de Catarina Ferreira
Som: Isidro Alves
Apoio técnico: Carlos Santos
Elenco:
Victor Torres (Iolau)
Delfim Leão (Arauto de Demofonte)
José Luís Brandão (Demofonte)
Alessandra Oliveira (Macária)
Marco Terras (Servo de Hilo)
Ana Rita Miranda (Alcmena)
Paulo Sérgio Ferreira (Mensageiro)
João Paulo Correia (Euristeu)
Rui Henriques (Corifeu)
Coro: Andreia, Carla Braz, Cláudia Cravo, Filipe Cravo, Jordana Costa, Liliana Pena, Manuel Santos Ramiro Costa, Sandra Costa, Sílvia Costa, Susana Bastos, Ricardo Monteiro, Isidro Alves.