Investigadores da UC isolam pela primeira vez em Portugal estirpes da bactéria Xylella fastidiosa

02 julho, 2025≈ 3 mins de leitura

Uma investigação de investigadores do DCV isolou, pela primeira vez em Portugal, várias estirpes da bactéria Xylella fastidiosa, associada à doença de Pierce — uma praga de quarentena prioritária para a Comissão Europeia e com impactos económicos superiores a 5,5 mil milhões de euros por ano na União Europeia.

O trabalho foi desenvolvido no FITOLAB – Laboratório de Fitopatologia do Instituto Pedro Nunes (IPN), com coordenação de Joana Costa, investigadora do DCV e do Centro de Ecologia Funcional (CFE).

A equipa identificou, na região da Cova da Beira, a subespécie fastidiosa ST1 da bactéria, associada a doenças graves na vinha, sobretudo na Califórnia, EUA. Este é um avanço científico crucial para compreender o risco real da presença da bactéria em Portugal e planear estratégias eficazes de contenção.

“A estirpe ST1 pode representar uma ameaça séria para culturas como a vinha e o amendoal. Os nossos resultados sugerem uma única introdução da bactéria em território nacional, com origem genética na Califórnia”, sublinha Joana Costa.

O estudo destaca ainda o papel da vegetação espontânea como possível reservatório da bactéria, com implicações para a vigilância em zonas fruteiras do país. A investigação prossegue com novas campanhas de amostragem e colaboração internacional.

Este trabalho, publicado na revista Phytopathology, integra o doutoramento de Eva Garcia (Programa Doutoral em Biociências da UC) e conta com parceiros no Brasil e nos EUA.

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