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Apresentação | Introduction

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O campo das artes performativas há muito que vem sendo objecto de atenção por parte dos estudos teatrais e performativos, da sociologia e de estudos sobre a política e  economia da cultura. Espectáculos, processos e metodologias de criação artística têm vindo a ser analisados, escrutinados e discutidos através de um conjunto variado de tópicos, da dramaturgia aos modos de recepção e de relação com os públicos. Em sentido contrário, os contextos em que são produzidas as obras no âmbito das artes performativas têm sido menos considerados e estudados. Importa assim aprofundar a reflexão acerca de algumas das mais recentes mutações nos mecanismos de produção cultural: de que modo é que os artistas se têm organizado colectivamente, depois de o modelo das ‘companhias’ ter perdido a sua prevalência enquanto modelo organizativo? Quais são os contextos formais e informais disponíveis para que os artistas escapem à precariedade dominante? Como tem evoluído o papel dos produtores, dos produtores criativos e dos gestores culturais? Qual a relação entre as transformações em curso e os modelos de formação e profissionalização existentes?
Em que medida é que os modos atomizados de produção contemporânea limitam a capacidade de assumir riscos artísticos? Como podem as práticas artísticas feministas construir caminhos alternativos aos modelos institucionais dominantes? Modos de Produzir - Artes Performativas em Transição pretende refletir sobre a relação entre a produção e os diversos regimes de criação, prestando particular atenção aos discursos e modelos de trabalho emergentes e ao seu impacto nas formas de produzir e gerir projetos e instituições culturais. Cruzando o campo dos estudos artísticos com o campo híbrido da gestão e da produção cultural, serão apresentados contributos que documentam as transições que neste âmbito estão a acontecer no domínio das artes performativas, em vários contextos nacionais e internacionais.


TAGV 60 (1961-2021)

 


The performing arts field has long been an object of attention by theatre and performance scholars, sociologists, and researchers in cultural policy and cultural economics. Results in the form of shows have been analysed and critiqued, and artistic processes and methodologies scrutinized and discussed through a variety of topics, ranging from dramaturgy to audience development. To the contrary, the contexts in which performing arts works are produced have been more rarely considered and studied. Specifically, there seems to be little understanding of some of the changing patterns in production and cultural management: how have artists organized themselves collectively recently, after ‘companies’ and ‘ensembles’ have lost their prevalence as organizational models? What are the formal and informal sites available for artists to escape precarity and develop their artistic practice? How is the role of producers, creative producers and managers evolving? What is the relationship between the ongoing transformations and training and professionalization paradigms? In which way do the contemporary fragmented modes of production limit artistic risk-taking? How can feminist artistic practices open alternative ways to dominant institutional models? Modes of Production – Performing Arts in Transition aims to take stock of the ways in which the regimes of artistic creation and production intersect, lending special attention to emergent discourses and their impact on ways of producing and managing theatre, dance and performance in the context of cultural projects or institutions. Linking art studies with the more hybrid field of cultural management, we will gather and present a variety of contributions documenting multiple transitions taking place in the performing arts in different national and international contexts.


TAGV 60 (1961-2021)

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