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ROSA, Fernando Baeta Bissaia Barreto (1886-1974)

Professor da Faculdade de Medicina

Naturalidade - Castanheira de Pêra, 29.10.1886 - Lisboa, 16.9.1974.

Filiação - Albino Inácio Rosa e Joaquina da Conceição Barreto Rosa.

Matrículas - Filosofia, 1903; Matemática, 1904; Medicina, 1907.

Graus - Bacharel, 21.7.1911.

Cadeiras - Higiene... (1911), 2º assist. provisório; Higiene (1911-1913), 1º assist. provisório; Propedêutica Cirúrgica (1913-1915), lº assist. provisório; Cirurgia (1915-1916), 1º assistente, Patologia Cirúrgica... (1916-1918), prof. extr.; Patologia Externa (1916-1918), prof. extr.; Patologia Cirúrgica... (1913-1926), prof. ordinário, Patologia Externa (1918-1926), prof. ordinário; Medicina Operatória e Técnica Cirúrgica (1926-1942), prof. catedrático; Clínica Cirúrgica (1942-1956), prof. catedrático; Patologia Cirúrgica (1942-1956), prof. catedrático.

Jubilação - Em 29.10.1956.

Cargos - Director de Clínica de Patologia e Terapêutica Cirúrgica (10.11.1926-7.1927); Director interino de Técnica Operatória e Terapêutica Cirúrgica (28.4.1927); Director de Clínica dos Hospitais da Universidade (15.1.1937); Director de Clínica Operatória dos Hospitais da Universidade (15.7.1941).

Publicações - Autor de numerosos trabalhos, publicados em revistas científicas, e também de outras obras, incluindo: O sol em cirurgia (Coimbra, 1915); Subsídios para a História (6 vols., Coimbra, 1946-1964); Coimbra e os seus hospitais (Coimbra. 1967).

Observações - Geralmente conhecido por Fernando Bissaia Barreto. Em filho de um farmacêutico e sobrinho do Dr. Augusto Baeta Neves Barreto, que foi Director-Geral da Assistência Pública. Fez também o curso do magistério secundário e preparatório para Engenharia. Distinguiu-se pela sua acção no campo médico-social, pelo incentivo à criação de dispensários anti-tuberculosos, obras de assistência materno-infantil, aos alienados, aos leprosos, etc., salientando-se pelo renome alcançado a Escola Normal Social, da qual foi professor e o Portugal dos Pequenitos (Coimbra). Fundou ainda os Sanatórios dos Covões (para homens) e de Celas (para mulheres), o Ninho dos Pequenitos, o Preventório de Penacova e a Escola de Semide, para acompanhar as crianças até à idade escolar. Foi também precursor da helioterapia em Portugal. Pertenceu ao Partido Republicano e ao Partido Evolucionista nos últimos anos da Monarquia. Deputado à Assembleia Constituinte em 1911 pela Figueira da Foz; era nessa altura filiado na Maçonaria, com o nome simbólico de “Saint-Just”, tendo anteriormente pertencido à Carbonária em Coimbra, Vogal do Conselho Médico- Legal de Coimbra em 2.4.1921. Presidente da Câmara Municipal de Coimbra em 1923-1926. Membro da comissão encarregada de estudar a reforma do ensino de Farmácia em 29.7.1932. Encarregado em 1939 de elaborar o projecto da criação do Hospilal-Colónia Rovisco Pais, para leprosos. Presidente da Comissão Instaladora do Hospital Sobral Cid em 8.5.1945. Director da Delegação de Coimbra do Instituto Maternal em 15.5.1946. Presidente da Comissão Instaladora da Leprosaria Rovisco Pais em 18.9.1947. Grã-Cruz da Ordem de Benemerência em 1956. Criou a Fundação Bissaia Barreto em 1958, que tem desenvolvido até hoje uma acção meritória, sobretudo no campo da assistência social. Membro do Conselho Técnico de Leprologia em 19.8.1961. Procurador à Câmara Corporativa em 1961-1969.Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra em 1962-1974. Grã-Cruz da Ordem de Cristo em 27.4.1963. Foi criado em 3.3.1964 o Centro de Saúde e Assistência Materno-Infantil Bissaia Barreto. Medalha de ouro de Serviços Distintos em 27.11.1967. Director clínico da estância termal de Entre-os-Rios; exonerado a seu pedido em 2.2.1968. Membro do Conselho de Administração do Hospital-Colónia Rovisco Pais em 1972. Membro do Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos. Membro da Comissão Central da União Nacional. Presidente da Junta Geral do Distrito de Coimbra e depois da Junta Provincial da Beira Litoral da União Nacional. O edifício em que viveu foi transformado em Casa-Museu e aberto ao público em 14.1.1986; ai se conserva a sua biblioteca, com espécies antigas e grande número de obras de temática médica.

Nota: O excerto apresentado foi retirado da obra Memoria Professorum Universitatis Conimbrigensis, com a autorização do Prof. Doutor Augusto Rodrigues, editor literário.

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