Newsletter

Ex.mo/a Senhor/a

A Newsletter “Privacidade na UC” é preparada pela Divisão de Proteção de Dados e Informação Administrativa com o intuito de resumir e apresentar à comunidade UC aspetos relevantes da sua atividade quotidiana.

Passados 44 anos desde a assinatura da Convenção 108 do Conselho da Europa (28 de janeiro de 1981) - o primeiro tratado internacional dedicado à proteção de dados pessoais - estes têm vindo a assumir maior centralidade nas nossas vidas, nomeadamente pelos desafios proporcionados pelo crescimento exponencial do uso de tecnologias. O tempo, ou o estado da arte, mudaram radicalmente, mas a União Europeia (UE) continua intransigente na garantia de um espaço de liberdade, segurança e justiça, onde o ser humano é o cerne da sua ação.

A União, ao escolher o dia 28 de janeiro como o Dia da Proteção de Dados, está a homenagear a Convenção 108, enquanto tratado pioneiro na defesa dos nossos direitos, em simultâneo com a promoção da consciencialização sobre a importância de proteger os dados, garantir a segurança das nossas informações pessoais e preservar a nossa privacidade. É um lembrete à responsabilidade coletiva para assegurar o difícil equilíbrio entre aproveitar os benefícios de tecnologias avançadas (como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas, Big Data, Chatbots, automação, etc.) e a segurança da informação.

Trata-se de um desafio complexo, sobretudo no contexto atual em que, por exemplo, a Inteligência Artificial Generativa tem a capacidade de pesquisar em ambientes diversos um vasto conjunto de dados, a que acrescenta a capacidade de gerar conteúdos. É neste cenário que mesmo as configurações mais complexas e identidades singulares podem ser exploradas por agentes maliciosos, como aliás vem sistematizado no Cloud Risk Report 2024, no qual se revela uma estatística preocupante: o facto de 84% das organizações possuírem passwords fracas (inseguras) ou 74% das mesmas organizações terem informação exposta publicamente, incluindo informação confidencial. Os alarmes são constantes e alguns dão título a capas de jornais. Porém, o resultado está traduzido na máxima de que só existem dois tipos de organizações: as que sabem que foram hackeadas e as que ainda não o sabem. Quando falamos em organizações, estamos a falar, como é bom de ver, em nós, nas pessoas que a compõem e, aqui, não podemos ignorar, que o nosso nível de proteção de dados pessoais é tão forte quanto o elo mais fraco desta nossa cadeia de segurança.

Vivemos na era onde os dados pessoais são partilhados tanto pessoal como profissionalmente. Nestas interações, por mais simples que elas sejam, é essencial que cada um de nós compreenda a importância de proteger esses dados, nomeadamente através de práticas simples, mas robustas, como as previstas no Código de Conduta para Aplicação da Proteção de Dados na UC.

Identifique as suas fragilidades.

Corrija as suas vulnerabilidades.

Elimine os seus pontos de exposição.

Com os melhores cumprimentos, Paulo Simões Lopes (EPD-UC)