Desigualdades de Género: segregação nos percursos educativos e profissionais

Todos os níveis de ensino (Pré-escolar, Ensino Básico e Secundário)

Rapazes e raparigas continuam a fazer escolhas educativas e vocacionais muito diferentes. Elas optam maioritariamente por áreas ligadas ao cuidado às pessoas (educação, saúde, apoio social, atendimento a clientes), eles escolhem percursos mais técnicos e tecnológicos (engenharias, TIC). Estas escolhas colocam as mulheres em desvantagem, dificultando o seu acesso a lugares de decisão e concentrando-as em profissões menos dinâmicas e mais mal pagas: em Portugal a desigualdade salarial média entre homens e mulheres foi de 13,1% em 2021, correspondendo a 150,30 €. Nas qualificações e responsabilidades mais elevadas a desigualdade agrava-se: 593,30 € em cargos de decisão, 504,90 € para educação superior. Esta problemática tem merecido crescente atenção das políticas públicas, pela sua relevância para uma sociedade mais inclusiva e sustentável, mas também porque a subrepresentação das mulheres nas TIC contribui para a escassez de profissionais nesta área, dificultando a transição digital e a modernização da economia.

Este workshop analisará este fenómeno, suas consequências e fatores determinantes. Pretende-se contribuir para uma educação mais inclusiva, através da sensibilização para os enviesamentos de género e para os estereótipos que condicionam as escolhas vocacionais dos e das jovens. Pretende-se também contribuir para capacitar docentes, decisores e profissionais de orientação vocacional para intervir neste domínio.