20 - 21 maio, 2025
--
[presencial]
No dia 25 de Maio celebram-se 4 séculos sobre a Canonização de Isabel de Portugal, que ficaria conhecida como 'Rainha Santa'. Em 1625, Coimbra vibrou em festejos assinaláveis que implicaram activamente todas as instituições da cidade, que a eles fizeram questão de se associar. Para assinalar a efeméride que distinguiu uma mulher notável a vários títulos, uma incansável semeadora de amor, de fé e de esperança até aos últimos instantes da sua existência terrena, o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos e o Centro Académico de Democracia Cristã promovem um Colóquio Internacional comemorativo, com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e a Associação Portuguesa de Estudos Neolatinos. Pretende-se revisitar a primeira mulher canonizada em Portugal e explorar o tema mais abrangente da mulher na esfera da Santidade. Com efeito, a Rainha Santa, por antonomásia quase universal, foi uma fonte viva de consolo para os aflitos; aos que viviam cercados pela penumbra da pobreza, ela trouxe o alento da generosidade; aos excluídos ou marginalizados, devolveu-lhes o sentido de pertença e a visão de um futuro digno. Tornou-se um farol de esperança para crianças, órfãos, doentes e idosos, a todos estendendo a mão com ternura inigualável, no espírito franciscano a que, desde cedo, aderiu – colocando em prática a tal "revolução da ternura" de que, já nos nossos dias, falava o Papa Francisco – , animada pela esperança incondicional na idade joaquimita do Espírito Santo, tão em voga em meios franciscanos. Santa Isabel viveu o amor como uma dádiva constante, oferecendo-o, sem distinções, a todos os que se cruzaram no seu caminho. Soube resgatar a esperança dos que a haviam perdido e ofereceu-nos um modelo de fé inabalável, de vivência espiritual que ecoa, vivo e actual, nas consciências dos nossos dias. Hoje, mais do que uma figura do passado, ela resplandece como modelo perene de virtude, recordando-nos que, em qualquer época, os valores emanados do amor, da fé e da esperança continuam a ser pilares de uma humanidade verdadeiramente redimida. Nos trilhos de homens marcados pelo tumulto das guerras e pelas feridas abertas entre nações, aquela que a Igreja invoca como “Mãe da Paz e da Pátria” lançou insistentes sementes de paz, sem desanimar, acreditando que, mesmo em tempos sombrios, o espírito da concórdia pode florescer.
Homenageando ainda o trabalho de acção social desta santa mulher, verdadeiramente pioneiro no seu tempo, o CECH promove junto da Casa de Formação Cristã Rainha Santa, obra inspirada na acção desta grande Rainha, um workshop de iniciação à aguarela, intitulado 'Represent’arte', cujos trabalhos serão expostos durante o Colóquio.