Instituição
História
O Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC) é depositário da documentação produzida e recebida pela Universidade, criada por D. Dinis em 1 de março de 1290. Integra ainda os fundos documentais relativos ao Arquivo Distrital, que tem a si agregado.
Tem por missão fundamental "a preservação, o enriquecimento e o tratamento técnico do seu património bibliográfico e documental, o apoio ao ensino e à investigação e o prosseguimento de uma atividade cultural própria".
O documento mais antigo é o pergaminho da Colegiada de Guimarães do ano de 983.
As referências mais remotas sobre o Arquivo são feitas, indiretamente, em traslado da Carta Régia de 17 de novembro de 1525 sobre a eleição do Reitor da Universidade, no fim da qual é dito que o "original jaz no ezcanino do cartorio do studo".
Após a Reforma Pombalina da Universidade (1772), o cartório da Fazenda tornou-se distinto do cartório da Secretaria, este com documentos da vida académica.
De cartório privado da instituição, tornar-se-á em 1848 Arquivo Público pela Carta de Lei de 23 de maio do mesmo ano, que autoriza a venda em hasta pública dos bens da Universidade, à data já incorporados nos Bens dos Próprios Nacionais.
Em 1901, pelo Decreto n.º 4 de 24 de dezembro, o Arquivo passa a ser uma repartição autónoma na Universidade. Nesse ano, é nomeado o seu primeiro Diretor o Doutor António de Vasconcelos. Deve-se-lhe um importante estudo sobre a instituição: o Archivo da Universidade, publicado no Anuário da Universidade e reeditado pelo AUC em 1991.
Por sua vez, o Decreto de 19 de agosto de 1911 determina que "Todos os livros, documentos e processos que não forem necessários para o serviço … serão enviados para o Arquivo, a fim de serem convenientemente catalogados e arquivados", e que "No Arquivo … conservar-se-ão todos os livros de escrituração antigos e todos os documentos, tanto em pergaminho como papel, que se acharem na posse da mesma Universidade".
Com a incorporação de documentos provenientes de outras instituições, o seu património foi-se enriquecendo, passando a desempenhar, desde 1917, de facto, e desde 1931 de jure, as funções de Arquivo Distrital de Coimbra.
Em 1948, o Arquivo é transferido para o atual edifício, sendo à data o único com instalações construídas de raiz para o efeito, passando, pelo Decreto Lei n.º 46.350, de 22 de maio de 1965, a constituir um estabelecimento anexo à Reitoria; e o seu Diretor a ser escolhido "de entre três professores da Universidade indicados pelo Senado".
Depois de seis anos sob a tutela do IPPC (1980-1986), o Decreto Lei n.º 287/86, de 6 de setembro, devolve o AUC ao então Ministério da Educação e Cultura, através da Direcção-Geral do Ensino Superior e da Universidade de Coimbra, situação que ainda hoje mantém.
Missão, Visão e Valores
Missão
- A conservação, o enriquecimento, a valorização, o tratamento técnico e a difusão do património arquivístico da UC e das instituições do distrito de Coimbra, no âmbito das suas funções como arquivo distrital;
- O apoio ao ensino e à investigação universitários e extrauniversitários, disponibilizando o acesso à sua documentação e à informação real ou virtual;
- A promoção de atividades de natureza cultural, tais como exposições, colóquios, conferências, visitas de estudo, debates, palestras e publicações.
(Artigo 2.º do Regulamento n.º 574/2010, de 2 de julho)
Visão
Conforme o que se depreende do seu regulamento de funcionamento, o AUC aspira assumir, cada vez mais, na sua vertente de:
- Arquivo universitário, um papel dinâmico e atual, consentâneo com a visão, a missão e os valores da Universidade de Coimbra — contexto no qual se insere —, atendendo e respeitando o que for definido no plano estratégico institucional;
- Arquivo distrital, um papel proativo, participativo e comunitário, quer no seu raio imediato de esfera e atividade, conferido por dispositivo legal, na região de Coimbra, quer no panorama nacional e, possivelmente, no cenário internacional.
Valores
Os valores do Arquivo da Universidade de Coimbra coadunam-se com os mesmos valores declarados pela Universidade de Coimbra, no plano estratégico atual.
Entre eles, pela relevância e pela estreita relação com os arquivos e com a natureza e caraterísticas dos tipos de serviço que prestam à suas comunidade de utilizadores/as, destacamos os seguintes:
- Liberdade de opinião, excelência e igualdade;
- Sustentabilidade, direito à diferença e não discriminação;
- Cooperação, abertura ao mundo e inovação;
- Diálogo, interação cultural e responsabilidade social;
- Ética, tradição e contemporaneidade;
- Valorização das pessoas e inclusão.
 
                         
                     
                