As Vespas de Aristófanes Grupo Thíasos do IEC Tradução do grego e encenação: Carlos A. Martins de Jesus
Sinopse Apresentadas pela primeira vez em 422 a.C., no contexto da Guerra do Peloponeso, e obra de um Aristófanes já firmemente posicionado no panorama cómico ateniense, a comédia Vespas procura testar as diversas iguarias de cómico, entre a tradição e a novidade, e tem de ser entendida como reacção ao desaire que constituiu, para o seu autor, o não reconhecimento do mérito da comédia apresentada no ano anterior, Nuvens. No comum cenário do exterior de uma casa de Atenas, Aristófanes procura satirizar o mau funcionamento das instituições democráticas, centrando-se, sobretudo, nos tribunais, que apresenta, na pessoa de Filócleon e do próprio coro, como uma obsessão dos cidadãos mais envelhecidos, que só aí encontram a sua fonte de rendimento. Recriando-se em cena um tribunal doméstico, onde arguido e acusado são dois cães – porém representativos de dois políticos da ribalta, nesse tempo bem conhecidos –, torna-se a cada passo manifesta a corrupção que domina as instituições jurídicas do tempo.
Figurinos: Luisa de Nazaré Ferreira e Maria Valente Composição musical: José Luís Brandão Selecção musical: Carlos Jesus Sonoplastia: Carla Cerqueira Luminotecnia: Rodolfo Lopes e Carlos Santos Cenografia: Carlos Santos, José Luís Brandão e Carla Braz Elenco José Luís Brandão (Filócleon) Carlos Jesus (Bdelícleon) Artur Magalhães (Xântias) Susana Bastos (Sósias e Mírtia) Carla Correia (Dárdanis) Ângela Leão (Cão Cidateneu) Bruno Fernandes (Corifeu) Coro: Mariana Matias, Ândrea Seiça, Nélson Henrique, Carla Rosa, Nilce Carvalho, Susana Rosa, Amélia Álvaro de Campos, Miguel Sena. Corinho: Ália Rodrigues, Carla Braz, Verónica Fachada.