UC reforça cooperação com Moçambique em projetos de empreendedorismo e empregabilidade
A Universidade de Coimbra (UC) participou, na cidade da Beira, em Moçambique, na apresentação dos resultados do projeto InovAção Circular (IaC) e no lançamento oficial do projeto OcupaMoz, duas iniciativas cofinanciadas pela União Europeia e pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) que visam promover o empreendedorismo, a empregabilidade e a economia circular na Província de Sofala.
A Universidade de Coimbra (UC) participou, na cidade da Beira, em Moçambique, na apresentação dos resultados do projeto InovAção Circular (IaC) e no lançamento oficial do projeto OcupaMoz, duas iniciativas cofinanciadas pela União Europeia e pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) que visam promover o empreendedorismo, a empregabilidade e a economia circular na Província de Sofala.
O evento decorreu no dia 8 de outubro de 2025, no Campus de Matacuane da Universidade Zambeze, e contou com a presença de representantes das instituições parceiras, autoridades locais, entidades governamentais e jovens empreendedores. A UC esteve representada por uma delegação institucional, constituída pela Dra. Ana Rita Querido e Dra. Filipa Lima (Student Hub) no âmbito da sua cooperação com Moçambique.
O projeto InovAção Circular, coordenado pelo Consorzio Associazioni con il Mozambico (CAM), em parceria com a Fundação Aurora e a Universidade Zambeze tem como objetivo estimular o desenvolvimento económico e social da população da Beira através do reforço das incubadoras e aceleradoras de empresas Palincule e HubLink, da criação de novos empregos na economia circular e do apoio à consolidação de micro, pequenas e médias empresas locais (MPME).
Durante a sessão, foram apresentados os principais resultados alcançados ao longo dos quatro anos de execução do projeto (2022–2025):
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27 novos empregos criados através de programas de incubação e aceleração das Incubadoras e Aceleradoras de Empresas (I&A);
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85% de trabalhadores empregados nas MPME reforçadas com contrato de trabalho formalizado ao abrigo da legislação nacional;
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74 organismos públicos, privados e empresas que responderam positivamente aos contactos das I&A para criação de rede de cooperação;
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47 formadores, mentores, consultores e pessoal administrativo formados e ativos nas I&A;
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12 financiadores públicos e privados que apoiam as incubadoras e aceleradoras;
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88% de jovens cujas ideias foram incubadas que consideram o programa de incubação satisfatório;
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52 jovens moçambicanos que concluíram com sucesso os programas de incubação;
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279 MPME e jovens empreendedores que se candidataram aos programas de incubação e aceleração;
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11 MPME formalizadas, legalizadas e com capacidade produtiva reforçada.
O projeto contou com o apoio técnico e formativo da Universidade de Coimbra, nomeadamente na capacitação de jovens e mentores nas áreas do empreendedorismo e inovação, contribuindo para o fortalecimento das competências locais e a criação de um ecossistema empresarial sustentável.
Durante a cerimónia, foi também apresentado o novo projeto OcupaMoz, lançado oficialmente por Sua Excelência Manuel Rodrigues Alberto, Secretário de Estado da Província de Sofala, que sublinhou, no seu discurso, que “a paz e a segurança são indissociáveis da criação de novas oportunidades” referindo-se à importância de projetos deste âmbito.
O novo projeto, financiado em cerca de 2 mil euros, terá uma duração de 36 meses e pretende promover a inclusão laboral de jovens, mulheres e pessoas com deficiência, através da formação técnica e profissional, da especialização em áreas estratégicas e do apoio à criação e fortalecimento de novas empresas. O Ocupamoz prevê ainda beneficiar 600 participantes em ações de formação, especializar 200 jovens em setores como gestão, TIC e logística, e apoiar o desenvolvimento de start-ups e MPME.
A Universidade de Coimbra é uma das instituições parceiras desta nova iniciativa, reforçando o seu compromisso com a cooperação para o desenvolvimento, a formação de competências e a promoção de uma economia mais sustentável e inclusiva.