Os Jogos Olímpicos foram criados na Grécia, tendo-se realizado do século VIII a.C. ao século V d.C., em Olímpia. A sua reedição, na era moderna, deveu-se à iniciativa de Pierre de Coubertin que em 1894 fundou o Comité Olímpico Internacional (COI) com o objetivo de reativar os jogos. Assim, os primeiros jogos de verão foram realizados em Atenas, em 1896, realizando-se posteriormente com regularidade, apenas com interrupções em 1916, 1940 e 1944, devido à 1ª e 2ª Guerras Mundiais. No Congresso do COI de 1921, foi decidido que o país que organizasse os Jogos de Verão organizaria separadamente uma Semana Internacional de Desportos de Inverno. Realizar-se-ia então em França, na cidade de Chamonix, a primeira Olimpíada de Inverno, em 1924, na sequência dos Jogos de Verão que ocorreram no mesmo ano em Paris. Por decisão do COI, a partir de 1925, os Jogos Olímpicos de Inverno realizam-se em separado.

Este evento desportivo decorre de quatro em quatro anos intercalando, a partir de 1992, os jogos de Verão com os de Inverno, a cada dois anos, nos anos pares, sendo a atribuição da organização dos Jogos feita pelo COI a uma cidade candidata, de entre diversas que habitualmente se propõem. Os Jogos têm vindo a ganhar um crescente número de modalidades desportivas, crescimento que é acompanhado por uma intensa mediatização. Desta forma têm servido de promoção, e de cobertura, a interesses políticos dos países organizadores, proporcionando situações de boicote, atentados e corrupção, opostos aos ideais de Coubertin.

A primeira participação portuguesa nos Jogos Olímpicos ocorreu na edição de 1912, realizada em Estocolmo, tristemente assinalada pela morte do maratonista Francisco Lázaro. A primeira medalha conquistada por atletas portugueses, de bronze, viria a ser conquistada no hipismo, nos Jogos de Paris, em 1924.

Ao longo das edições subsequentes o nosso país teve participações discretas. A primeira medalha de ouro para Portugal viria a ser conseguida nos Jogos realizados em Los Angeles, em 1984, na maratona, por Carlos Lopes. No conjunto, o país conseguiu ainda mais quatro medalhas de ouro através de Rosa Mota, na maratona, em Seul em 1988, de Fernanda Ribeiro, nos 10000 metros, em Atlanta em 1996, de Nélson Évora, no triplo salto, em Pequim em 2008, e de Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, em Tóquio em 2020.

No conjunto a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos traduziu-se num total de 5 medalhas de ouro, 9 medalhas de prata e 14 medalhas de bronze, em 9 modalidades olímpicas.

Exposição Bibliográfica | Sala do Catálogo da Biblioteca Geral

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