A Academia para o Encontro da Culturas e Religiões (APECER-UC) é uma estrutura organicamente dependente da Reitoria da Universidade de Coimbra que tem por missão desenvolver o conhecimento da história das diferentes culturas e tradições religiosas mundiais, numa perspetiva não confessional e vocacionada para o estímulo do diálogo intercultural e inter-religioso
Atividades 2025
A Academia para o Encontro de Culturas e Religiões (APECER-UC) promove, nos dias 4, 5 e 6 de novembro de 2025, um ciclo de três conferências sob o mote « A arte de ser feliz. Os caminhos das religiões», que se realizará na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, sempre às 17h30. A entrada é livre, mediante reserva prévia, neste formulário.
Com este evento, a APECER dá continuidade à sua missão de desenvolver o conhecimento da história das diferentes tradições religiosas mundiais e de estimular o diálogo intercultural e inter-religioso, num tempo em que urge contrariar o sectarismo e relembrar a riqueza comum da herança espiritual da humanidade.
A primeira sessão, a realizar-se no dia 4 de novembro de 2025 (terça-feira), às 17h30, marca a abertura do Colóquio de Outono da APECER-UC e será dedicada à evocação do Prof. Doutor Fernando José Pereira Florêncio (1959-2025), Subdiretor da APECER-UC, numa intervenção conduzida pelo Prof. Doutor Jorge Varanda, do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC. Seguir-se-á a conferência “A Felicidade nas Religiões: uma visão panorâmica”, proferida pelo Prof. Doutor João Gouveia Monteiro, Diretor da APECER-UC.
No dia 5 de novembro (quarta-feira), também às 17h30, terá lugar a conferência “A arte de ser feliz: o caminho do Budismo”, apresentada pelo Prof. Doutor Paulo Borges, professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, especialista em Pensamento Oriental e Filosofia da Religião, e ex-presidente da União Budista Portuguesa. A sessão concluir-se-á com um debate aberto ao público.
O ciclo encerra no dia 6 de novembro (quinta-feira), às 17h30, com a conferência “A arte de ser feliz: o caminho do Islão”, pela Dra. Faranaz Keshavjee, antropóloga, psicóloga social e investigadora em Estudos Islâmicos, atualmente doutoranda na Universidade de Cambridge e dedicada ao trabalho na área do trauma e da saúde mental. A sessão inclui um momento de debate e terminará com o encerramento oficial do colóquio.
«A felicidade é leve como uma pena, mas ninguém sabe como a segurar…». Eis o resumo frio e certeiro do filósofo taoista chinês Zhuangzi…
A busca da felicidade é uma auto-evidência, disse Thomas Jefferson. Na verdade, todo o ser humano tende a procurar aquilo a que o senso comum chama de «felicidade»: uma vida estável numa habitação confortável, saúde, realização profissional, uma família afetuosa, amigos de confiança, integração numa comunidade harmoniosa e pacífica, algum lazer e divertimento também.
Nada daquilo parece imerecido, excessivo, ou impossível de alcançar. E, no entanto, são raros aqueles que se podem gabar de preencher a totalidade daqueles requisitos. Porquê?
Primeiro, porque nem tudo depende só de nós (a saúde, por exemplo). Mas também porque vivemos num mundo competitivo e de um individualismo feroz. Como resumiu o matemático e filósofo Thomas Hobbes, um mundo em que «o homem é o lobo do homem». Sim, existe mal no nosso mundo, e foi assim desde pelo menos a Revolução Neolítica.
Ao mesmo tempo, por toda a parte somos objeto de um apelo permanente ao consumo de todo o tipo de bens. Isto estimula o nosso desejo pelas coisas fúteis e aumenta a competitividade. Vivemos em permanente tensão entre aquilo que temos e aquilo que desejamos. E parece que, se o alcançamos, permanecemos insatisfeitos...
E, com tudo isto, vamos reduzindo a nossa felicidade ao instante presente, ao gozo dos pequenos prazeres da vida. Merecemos mais. E é importante que o saibamos! A busca da felicidade é crucial para o nosso desenvolvimento harmonioso e para uma plena realização intelectual e afetiva.
As religiões, com as suas visões do mundo e as suas propostas compassivas, de autossuperação, iluminação e redenção, oferecem caminhos que nos podem ajudar a sair deste labirinto? É o que queremos saber neste colóquio que reúne especialistas de diferentes orientações religiosas, em ambiente fraterno e de fecundação mútua, como é marca de água da APECER-UC.
INSCRIÇÕES
Entrada livre, com inscrição prévia obrigatória, devido à lotação limitada da sala. No formulário pode escolher assistir a uma, duas ou às três sessões
FORMULÁRIO
6 a 8 de maio de 2025
O evento da APECER preparado para a primavera de 2025 teve o propósito de dar a conhecer algumas das figuras mais emblemáticas das três religiões abraâmicas. Escolhemos, do lado do JUDAÍSMO, a figura de Maimónides, um notável rabino, médico e filósofo, intimamente ligado à história da cultura ibérica: nasceu em Córdova, em 1135, vindo a morrer no Cairo no ano de 1204, tendo deixado um legado monumental. Do lado do CRISTIANISMO, optámos por uma comparação entre dois dos maiores vultos da História da Igreja Católica: Santo Agostinho, que foi bispo de Hipona (Norte de África) nos inícios do século V e que deixou uma marca na história da ética e da moral cristãs que se prolonga até hoje; e São Tomás de Aquino, professor de Teologia na Universidade de Paris, no século XIII, autor da última grande síntese do Cristianismo medieval, num tempo de renascimento da cultura grega e de afirmação da cultura muçulmana. Por fim, do lado do ISLÃO, a nossa escolha recaiu sobre Omar Khayyam (1048-1123), um matemático, geómetra e astrólogo, discípulo de Avicena e que representa um ponto alto da cultura grega na Pérsia muçulmana. Com a particularidade de a sua obra mais conhecida («Rubayat / Odes ao Vinho») ter sido particularmente apreciada por Fernando Pessoa, quase mil anos depois!
Atividades 2024
2024-05-07: Curso livre sobre «As Religiões Abraâmicas (Parte I: Judaísmo e Cristianismo»)
2024-05-08: Debate sobre O ensino da história das religiões na escola pública portuguesa
Atividades 2020-2023
Reportagem sobre a apresentação da APECER-UC, no dia 10 de fevereiro de 2020.
Parcerias institucionais
Comissão da Liberdade Religiosa, Instituto Justiça e Paz, Instituto Confúcio, Comunidade Hindu de Portugal, Comunidade Israelita de Lisboa, Reitoria da UC, Capelania da UC, Reitoria da Universidade de Salamanca, Liga dos Amigos da BGUC, Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra – Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Federação Hindu de Espanha e a Academia Sino-Lusófona
Corpos sociais
Presidente honorário
Prof. Doutor Anselmo Borges
Diretor
Prof. Doutor João Gouveia Monteiro
Subdiretora
Prof. Doutora Maria do Rosário Morujão
Conselho Consultivo
Cristina Zhou
Esther Mucznik
Faranaz Keshavjee
Francisco Diez de Velasco
Juan Carlos Ramchandani (Krishna Kripa Dasa)
P. Paulo Simões