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A partir da necessidade da revitalização de um conjunto de estruturas agrícolas tradicionais, surgiu um ambicioso projecto no seio dos países do Mediterrâneo. Dar a conhecer a importância dos socalcos é a premissa fundamental do Terrisc. Em Portugal os processos de erosão provocam, com grande frequência, fenómenos de desgaste do solo, que se devem sobretudo à acção não controlada da água sobre a terra. Os movimentos de massa aparecem, habitualmente, depois de chuvas mais abundantes, e se o solo carece de vegetação, a sua coesão pode ficar comprometida e, nestas condições, uma massa de terra é susceptível de se transformar num verdadeiro fluido viscoso. Ao favorecerem a diminuição do declive da vertente, os socalcos contribuem para aumentar a infiltração da água, benéfica para a agricultura, e limitar a escorrência superficial, prevenindo a erosão hídrica e outros riscos inerentes. No entanto, as transformações socio-económicas que se foram desenvolvendo no nosso país, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, manifestaram-se num progressivo abandono agrícola, que levou a uma deterioração dos socalcos. Por sua vez, os processos erosivos aumentaram com a desarticulação dos sistemas hidrológicos que regularizavam a escorrência, pelo que na paisagem actual de socalcos são frequentes os fenómenos de deslizamentos e desmoronamentos. A degradação das paisagens de socalcos está bem patente nas regiões serranas de Portugal. Foi a partir desta realidade que nos comprometemos a estudar algumas destas áreas e a avaliar o seu grau de degradação, no sentido de facultar a cada município da área de estudo elementos que os possam habilitar a justificar e a actuar na revitalização dessas regiões. |
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