/ Prática como Investigação

Lusitânia, 2014

Nuno Malheiro Lopes

Lusitânia

Presencio imperturbável
Esfinge de gesso e solidão
O esquálido cortejo que passa triste
A sanguínea lava das gerações
Turba demoníaca de vorazes apetites
Corrente enraivecida arrastando monstros feridos
Que nome darei a este Rio?
Eu que também sou náufrago
Nas avenidas e montes
Reflectidos nestas águas ondulantes…[...]


Sinopse

Com uma narrativa estruturada com base em alguns dos mais importantes mitos da nossa nação, Lusitânia é a consubstanciação cinematográfica de uma procura por uma pátria poética, ou seja, de uma procura por uma identidade simultaneamente pessoal e colectiva, que transcenda todos os circunstancialismos históricos, geográficos e políticos.

Processo

Realizado no âmbito de uma tese de doutoramento que procura reflectir e contribuir para o conhecimento da esteticamente denominada escola do Porto (Sério Fernandes e a escola que “não existe”), Lusitânia é um filme cujo processo de trabalho procurou ser fidedigno aos princípios artísticos e técnicos associados ao Quadro Artístico Cinematográfico, unidade matricial absoluta dessa escola.

Biografia

Doutorado em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra, tem desenvolvido a sua actividade criativa nas áreas da poesia, música e cinema. Os vários filmes que realizou têm em comum uma profunda ligação estética e afectiva à escola do Porto.

Projeto de Doutoramento

Nuno Manuel Fortuna Malheiro Lopes, Sério Fernandes e a escola que “não existe”: contributo para uma reflexão sobre a escola do Porto, Doutoramento em Estudos Artísticos (Especialização em Estudos Fílmicos e da Imagem), Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Orientação de Sérgio Dias Branco (Universidade de Coimbra).

No âmbito do seu projeto de doutoramento, apresentou a Aula Aberta intitulada "Lusitânia, Filme-Tese da Escola do Porto".