a carregar...

FLUC

GeoHealthS

Introdução

PT | EN

Apesar dos ganhos substanciais em saúde veri­ficados nos últimos anos, de forma generalizada em todos os países da União Europeia, dentro de cada país continuam a existir evidentes dispari­dades entre diferentes grupos socioeconómicos (Mackenbach, 2006; Borrell et al., 2014; Macken­bach & Whitehead, 2015). O combate a estas desigualdades sociais constitui um dos maiores desafios das administrações públicas de saúde, sendo uma prioridade para a União Europeia e, nomeadamente, para Portugal (Santana, 2002; WHO, 2010; Perelman et al. 2010; Karanikolos et al. 2013). Este tipo de questões é ainda mais re­levante quando se considera o atual contexto de crise económico-financeira, em que os recursos públicos se tornam mais escassos e mais procu­rados e há uma forte necessidade de adequar e melhorar as medidas que visam a redução ou anulação das desigualdades em saúde entre ci­dadãos (Stuckler et al., 2009; Brand et al., 2013).

A avaliação da saúde da população assume-se, deste modo, essencial no apoio à tomada de decisão, ao gerar evidência que suporte a iden­tificação de potenciais áreas prioritárias de in­tervenção e a colaboração e ação intersectorial na implementação de estratégias promotoras da saúde (Kindig et al., 2003; Kindig, 2007; Oli­ver, 2010). Este desafio exige respostas científicas multidisciplinares que ultrapassem a exclusiva abordagem médica tradicional da saúde, agre­gando ao conhecimento médico os geográfico, económico e sociológico, testando intervenções multidisciplinares e encarando o empenho polí­tico como peça chave da transformação do co­nhecimento em ação (Beaglehole et al., 2004; Marmot, 2005). Uma abordagem adequada às desigualdades em saúde exige ações direciona­das às suas causas (WHO-CSDH, 2008; Braveman et al., 2014).

A evidência de que a variação da saúde coletiva tem uma forte dimensão espacial é bem conhe­cida. Há um crescente entendimento sobre a in­fluência do ‘lugar’ na vida individual e coletiva, existindo diferentes níveis de exposição aos ris­cos para a saúde, bem como às suas possibilida­des e oportunidades para ter um estilo de vida saudável (Santana, 2014). Deste modo, deverá ser considerada, em primeiro lugar, a seguinte questão: “quais os fatores que influenciam a saúde de uma população?”.

É largamente aceite que a saúde não resulta, ape­nas, da genética, dos comportamentos individuais ou das opções de estilos de vida, nem é apenas um exclusivo resultado do acesso e utilização de servi­ços de saúde, ou, ainda, da influência de indicado­res de qualidade ambiental com impacto na saúde (Brown, 1995; Marmot, 2005; Marmot et al., 2008; Marmot, 2010). Embora estes fatores sejam impor­tantes, a saúde e os comportamentos saudáveis são influenciados, também, pelas caraterísticas das populações e do seu contexto de vizinhança (Wilson et al., 2010), dos níveis de escolaridade (Bosma, et al., 2001; Cutler et al., 2006; Macken­bach et al., 2008; WHO, 2009; Vandenheede et al., 2015), de rendimento (Lynch et al., 2000; Driscoll et al., 2012; Mackenbach et al., 2008; Marmot, 2010), do contexto familiar e das condições de nascimen­to (Power, 1998; Harding et al., 2006), do estatuto sócioeconómico (Macintyre et al., 2003) e até do tipo de habitação (Etches et al., 2006). A saúde é ainda fortemente influenciada pelas ações dos in­divíduos, dos governos, das instituições e da so­ciedade (Santana, 2002), resultando de uma mul­tiplicidade de fatores, definidos como condições do ambiente físico e socioeconómico em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem, as quais correspondem a áreas diversas da vida coletiva e individual (WHO-CSDH, 2008).

É longa a lista de autores que nas últimas décadas tem desenvolvido investigação sobre desigualdades em saúde, com recurso à utilização de uma grande va­riedade de indicadores que têm vindo a ser identifi­cados como determinantes sociais da saúde (Lalon­de, 1974; Heitgard et al., 2008; Benzeval et al., 2001; Macintyre et al., 2003; Dahlgren & Whitehead, 2007; Mackenbach, 2006; WHO, 2010; Marmot, 2010; Bra­veman et al., 2011; Borrell et al., 2014).

O estudo destas temáticas tem levado à cons­trução de modelos que procuram expressar a rede de relações dos diferentes níveis de deter­minantes sociais com as desigualdades em saú­de (Figuras 1 e 2).

determinantes da saude1


Figura 1: Determinantes sociais da saúde. Adaptado de Dahlgren & Whitehead, 1991

Fonte: Santana, P.  (2014) - Introdução à Geografia da Saúde: Território, Saúde e Bem-Estar, 1ª edição, Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra (p.78).

determinantes da saude2

Figura 2: Modelo de determinantes sociais da saúde e bem estar. Adaptado de Barton & Grant, 2006.

Fonte: Santana, P.  (2014) - Introdução à Geografia da Saúde: Território, Saúde e Bem-Estar, 1ª edição, Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra (p.78).


As políticas com capacidade para influenciar estes determinantes incluem, naturalmente, ações dentro do próprio sistema de saúde, mas encontram-se, sobretudo, fora dele (Santana, 2002; Dahlgren & Whitehead, 2007; Marmot et al., 2008; WHO-CSDH, 2008). Estas ações inte­gram-se num quadro mais amplo da promoção da saúde e de minimização do impacto negati­vo das caraterísticas de contexto sobre a saú­de individual e da comunidade (Hillemeier et al., 2003), caraterizando-se por serem intervenções sociais complexas (Marmot et al., 2008; Santana et al., 2009, Santana et al., 2015).

A maioria dos instrumentos de avaliação da saúde da população apenas mede os desvios relativamente a um estado de saúde percecio­nado pelo indivíduo ou fornecem, de forma con­creta, informações sobre a ausência de saúde através de dados de mortalidade ou morbilida­de (Bowling, 2001). No entanto, existem múlti­plas influências relativamente aos resultados em saúde e, por isso, é necessário considerar um conjunto vasto de determinantes corresponden­tes a áreas diversas da vida coletiva e individual que expliquem (de forma direta ou indireta) a saúde da população (Kindig, 2007; Braveman et al., 2014) numa perspetiva integrada e holística.

A adoção de medidas e políticas, no sentido de melhorar a saúde de uma população e atenuar as variações espaciais, impõe a necessidade de aplicação de métodos de medição e avaliação que sejam consistentes e amplos, com dados vá­lidos, disponíveis e fiáveis (Etches et al., 2006) que possibilitem comparações (temporais e es­paciais). Estes métodos têm que estar associa­dos a um quadro conceptual claro, que integre as relações entre os diferentes determinantes da saúde individual e da comunidade e respetivos resultados em saúde (Santana, 2005).

Em Portugal, nos últimos vinte anos, Santos (1987), Pereira (1995), Giraldes (1996), Santana et al (1998, 2000, 2002, 2003, 2004) contribuí­ram para que se começasse a estudar a ques­tão das desigualdades em saúde, atribuindo um peso fundamental às questões de ordem so­cioeconómica e às desigualdades espaciais na oferta e utilização dos serviços de saúde. O pri­meiro estudo de avaliação da saúde da popula­ção portuguesa apenas incluía indicadores re­lacionados com a morbilidade (Giraldes, 1978). Posteriormente, no início da década de 90, foi realizado um estudo em Portugal Continental (Vaz et al., 1994) que correspondeu ao desen­volvimento de um modelo multiatributivo de avaliação e monitorização da saúde da popula­ção (Modelo de Avaliação do Estado de Saúde da População - MAESP), no qual se incluíram 51 variáveis agregadas em cinco dimensões, iden­tificados como estando direta ou indiretamente relacionados com a saúde da população. Al­guns anos mais tarde, este mesmo modelo foi aplicado para identificar as variações espaciais na Região Centro (Santana, 1998) e em Portu­gal Continental (Santana et al., 2003).

Apesar da melhoria da qualidade e do acesso à informação verificado nos últimos anos, persistem questões metodológicas relativas à agregação de diferentes indicadores (Kaltenthaler et al, 2004), nomeadamente: confundir a noção de desempenho com a noção valor (e.g. Martin et al, 2012; Zuniga et al, 2009; Grigoroudis et al, 2012); ponderar com base na noção intrínseca de importância levando ao “erro critico mais comum” (e.g. Martin et al, 2012; WHO, 2000; Brand et al, 2007; Canadian Index of Wellbeing, 2012; Booske et al, 2010; Björnberg et al, 2009); ignorar sinergias entre indicadores de desempenho (e.g. County Health Rankings; Canadian Index of Wellbeing, 2012). Estas questões motivaram o desenvolvimento de uma metodologia de apoio multicritério (Belton et al, 2012; Von Winterfeldt et al, 1986) para a construção de um índice de saúde que permita avaliar e monitorizar a saúde da população ao nível do município em múltiplas dimensões.

A construção desta medida consistente e holística compreende uma abordagem sociotécnica que combina a metodologia multicritério MACBETH (Measuring Attractiveness by a Categorical Based Evaluation Technique) (Bana e Costa et al, 2005; Bana e Costa et al, 2012) com métodos participativos. Os métodos participativos envolvem painéis Delphi (Landeta, 2006; Linstone et al, 2002), constituídos por vários peritos representantes dos diversos pontos de vista sobre a saúde da população e a realização de conferências de decisão (Phillips & Bana e Costa, 2007).

Referências Bibliográficas

Bana e Costa, C.A., De Corte, J.M., Vansnick, J.C. (2005). On the mathematical foundations of MACBETH in: Figueira, J., Greco, S., Ehrgott, M., eds., Multiple Criteria Decision Analysis: The State of the Art Surveys. New York: Springer, 2005.

Bana e Costa, C.A., De Corte, J.M., Vansnick, J.C. (2012). MACBETH, International Journal of Information Technology & Decision Making, 11(02): 359-87.

Barton, H.; Grant, M. (2006). A health map for the local human habitat. The Journal for the Royal Society for the Promotion of Health, 126 (6). pp. 252-253. ISSN 1466-4240 developed from the model by Dahlgren and Whitehead, 1991

Beaglehole, R.; Bonita, R.; Horton, R.; Adams, O., McKee, M. (2004). Public health in the new era: improving health through collective action, Lancet, 363: 2084–86

Belton, V., Stewart, T.J. (2002). Multiple criteria decision analysis: an integrated approach, Berlin: Springer.

Benzeval, M., Judge, K. (2001). Income and health: the time dimension, Social Science and Medicine, 52(9):1371-90.

Björnberg, A., Garrofé, B.C., Lindblad, S. (2009). Euro Health Consumer Index 2009 report, Health Consumer Powerhouse AB, p. 66.

Booske, B.C., Athens, J. K., Kindig, D.A., Park, H., Remington, P.L. (2010). Different perspectives for assigning weights to determinants of health, County Health Rankings Working Paper, University of Wisconsin, Population Health Institute.

Borrell, C., Marí-Dell'olmo, M., Palència, L., Gotsens, M., Burström, B., Domínguez-Berjón, F., Rodríguez-Sanz, M., Dzúrová, D., Gandarillas, A., Hoffmann, R., Kovacs, K., Marinacci, C., Martikainen, P., Pikhart, H., Corman, D., Rosicova, K., Saez, M., Santana, P., Tarkiainen, L., Puigpinós, R., Morrison, J., Pasarín, M.I., Díez, E.. (2014). Socioeconomic inequalities in mortality in 16 European cities. Scand J Public Health, 42(3): 245-54.

Bosma, H.; Mheen, H.; Borsboom, G.; Mackenbach, J. (2001). Neighbourhood socioeconomic status and all cause mortality, American Journal of Epidemiology, 153:363-371.

Bowling, A. (2001). Measuring Disease. A Review of Disease-Specific Quality of Life Measurement Scales, 2nd Edition, Londres, Open University Press.

Brand, D.A., Saisana, M., Rynn, L.A., Pennoni, F., Lowenfels, A.B. (2007). Comparative analysis of alcohol control policies in 30 countries, PLoS Medicine, 4(4):e151.

Brand, H., Rosenkötter, N., Clemens, T., Michelsen, K. (2013). Austerity policies in Europe-bad for health. BMJ, 346:f3716.

Braveman, P.; Egerter, S.; Williams, D. (2011). The Social Determinants of Health: Coming of Age, Annual Review of Public Health, 32(3):1-18.

Braveman, P.; Gottlieb, L. (2014). The social determinants of health: it's time to consider the causes of the causes. Public Health Reports, 129 Suppl 2: 19-31.

Brown, P. (1995). Race, Class and Environmental Health: a review and systematization of the Literature, Environmental Research, 69(1):15-30.

Canadian Index of Wellbeing. (2012). How are Canadians really doing? CIW Report. Waterloo: Canadian Index of Wellbeing and University of Waterloo.

County Health Rankings, University of Wisconsin, Population Health Institute

Cutler, D.; Lleras-Muney, A. (2006). Education and Health: Evaluating Theories and Evidence. NBER Working Paper No. w12352, 39.

Dahlgren, G., Whitehead, M. (1991). Policies and strategies to promote equity in health. Copenhagen, WHO Regional Office for Europe (http://whqlibdoc.who.int/euro/-1993/EUR_ICP_RPD414(2).pdf).

Dahlgren, G.; Whitehead, M. (2007). European strategies for tackling social inequities in health: Levelling up – Part1 and Part 2, in Studies on social and economic determinants of population health, No. 2 and 3, World Health Organization, Regional Office for Europe, 137p.

Driscoll, A.; Bernstein, A. (2012). Health and access to care among employed and unemployed adults: United States, 2009–2010. Hyattsville, MD: National Center for Health Statistics.

Etches, V.; Frank, J.; Ruggiero, E.; Manuel, D. (2006). Measuring Population Health: a review of indicators, Annual Review of Public Health, 27:29-55.

Giraldes, M. (1978). Índice-Resumo da situação sanitária no período 1973/74/75 por distritos e concelhos, Ministério dos Assuntos Sociais, Gabinete de Estudos e Planeamento, 65p.

Giraldes, M. R. (1996). Desigualdades Socioeconómicas e seu Impacte na Saúde. Lisboa: Estampa, 1996.

Grigoroudis, E., Orfanoudaki, E., Zopounidis, C. (2012). Strategic performance measurement in a healthcare organisation: A multiple criteria approach based on balanced scorecard, Omega, 40(1):104-19.

Harding, S.; Santana, P.; Cruickshank, J.K.; Boroujerdi, M. (2006). Birthweights of Black African and White babies in Portugal, Annals of Epidemiology, 16: 572-579.

Heitgerd, J.; Dent, A.; Holt, J.; Elmore, K.; Melfi, K.; Stanley, J.; Highsmith, K.; Kanarek, N.; Comer, K.; Metzler, M.; Kaplan, B. (2008). Community Health Status Indicators: adding a geospatial component, Preventing Chronic Disease, Public Health Research, Practice and Policy, 5(3):1-5.

Hillemeier, M.; Lynch, J.; Harper, S.; Casper, M. (2003). Measuring contextual
characteristics for community health
, Health Services Research, 38(6):1645-1717.

Kaltenthaler, E., Maheswaran, R., Beverley, C. (2004). Population-based health indexes: a systematic review, Health Policy, 68(2):245-55.

Karanikolos, M.; Mladovsky, P.; Cylus, J.; Thomson, S.; Basu, S.; Stuckler, D.; Mackenbach, J.P.; McKee, M. (2013). Financial crisis, austerity, and health in Europe. Lancet, 381: 1323–31.

Kindig, DA, Stoddart G. (2003). What is population health? American Journal of Public Health, 93: 366-369.

Kindig, David, A. (2007). Understanding Population Health Terminology. The Milbank Quarterly 85, (1): 139–161.

Lalonde, M. (1974). A New Perspective on the Health of Canadians, Government of Canada, Minister of National Health and Welfare, 77p.

Landeta, J. (2006). Current validity of the Delphi method in social sciences, Technological Forecasting and Social Change, 73, 467–482.

Linstone, H.A., Turoff, M., Helmer, O. (2002). The Delphi method: Techniques and applications. Reading, MA: Addison-Wesley.

Lynch J.; Smith G.; Kaplan G.; House J. (2000). Income inequality and mortality: importance to health of individual income, psychosocial environment, or material conditions. BMJ. 10:1200–1204.

Machado, M. C. (2009). A esperança de vida e os seus determinantes, Janus, 12:54-55.

Macintyre, S.; Ellaway, A.; Hiscock, R.; Kearns, A.; Der, G.; Mackay, L. (2003). What features of the home and the area might help to explain observed relationships between housing tenure and health? Evidence from the west of Scotland, Health & Place, 9(3):207-218.

Mackenbach, J. (2006). Health Inequalities: Europe in Profile. Rotterdam: Erasmus MC.

Mackenbach, J.; Bos, V.; Andersen, O.; Cardano, M.; Costa, G.;Harding, S.; Reid, A.; Hemström, Ö.; Valkonen, T.; Kunst, A. (2003). Widening socioeconomic inequalities in mortality in six Western European countries, International Journal of Epidemiology, 32(5):830-837.

Mackenbach J., Stirbu I., Roskam A., Schaap M. Menvielle G., Leinsalu M., Kust A. (2008). Socioeconomic Inequalities in Health in 22 European Countries. The New England Journal of Medicine, 358: 2468-81.

Mackenbach, J. & Whitehead, M. (2015). DEMETRIQ Developing methodologies to reduce inequalities in the determinants of health, Final summary report, DEMETRIQ consortium.

Marmot, M. (2005). Social determinants of health inequalities. The Lancet, 365 (19-25): 1099–1104.

Marmot, M.; Friel, S.; Bell, S.; Houweling, T.; Taylor, S. (2008). Close the gap in a generation: Health equity through action on the social determinant of health, The Lancet, 372(9650):1661-1669.

Marmot, M. (eds.) (2010). Fair Society, Healthy Lives. The Marmot Review. 242 p.13.

Martin, G., Keller, C.P., Foster, L.T. (2012). Constructing a Composite Adolescent Health and Wellness Index for British Columbia, Canada Using a Spatial Multi-Criteria Analysis Approach, Child Indicators Research, 5(2):215-34.

Oliver, T. R. (2010). Population Health Rankings as Policy Indicators and Performance Measures, Preventive Chronic Disease, 7(5):A101.

Perelman, J.; Mateus, C.; Fernandes, A. (2010). Gender equity in treatment for cardiac heart disease in Portugal, Social Science and Medicine, 71(1):25-29.

Pereira, J. (1995). Inequity in infant mortality in Portugal, 1971-1991, Lisboa: APES (4/95).

Phillips, L.D., Bana e Costa, C.A. (2007). Transparent prioritisation, budgeting and resource allocation with multi-criteria decision analysis and decision conferencing, Annals of Operations Research, 154(1): 51-68.

Power, C. (1998). Life course influences. Health Variations, Official Newsletter of the ESRC, 14-15.

Santana, P. (1998). A geografia das desigualdades regionais em saúde e estado de saúde in: P. Pita Barros & J. Simões (ed.), Livro de Homenagem a Augusto Mantas, Lisbon: APES, pp. 179-205.

Santana, P. (2000). Ageing in Portugal: regional iniquities in health and healthcare, Social Science and Medicine, 50:1025-1036.

Santana, P. (2002). Poverty, social exclusion and health in Portugal, Social Science and Medicine, 55:33-45.

Santana, P.; Vaz, A.; Fachada, M. (2003). Measuring health inequalities in Portugal in 90’s in Poverty, Food & Health in Welfare. Current issues, future perspectives, Abstract, Lisboa. 

Santana, P.; Vaz, A.; Fachada, M. (2004). O estado de saúde dos portugueses. Uma perspectiva espacial, Revista de Estudos de Estudos Demográficos, 32:5-28.

Santana, P.; Santos, R.; Nogueira; H. (2009). "The link between local environment
and obesity: a multilevel analysis in the Lisbon Metropolitan Area, Portugal
", Social
Science and Medicine, 68(4):601-609.

Santana, P.  (2014). Introdução à Geografia da Saúde: Território, Saúde e Bem-Estar, 1ª edição, Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra (p.78).

Santana, P.; Costa, C.; Cardoso, G.; Loureiro, A.; Ferrão, J. (2015). Suicide in Portugal: Spatial determinants in a context of economic crisis, Health & Place, 12(35): 85-94.

Santos, L. (1987). Iniquidade social perante a doença e a morte em Portugal, Sociedade, Saúde e Economia, Actas das V Jornadas de Economia da Saúde, (coordenação A Correia de Campos & J. Pereira), Lisbon: ENSP, pp. 283-294.

Stuckler, D., Basu, S., Suhrcke, M., Coutts, A., McKee, M. (2009). The public health effect of economic crises and alternative policy responses in Europe: an empirical analysis. Lancet, 374: 315–23.

Stuckler, D., Basu, S., Suhrcke, M., McKee, M. (2009). The Economic Crisis: Threats and Opportunities to Public Health. Health Impact Assessment Quarterly, October: 2-4.

WHO-CSDH. (2008). Closing the gap in a generation: health equity through action on the social determinants of health. Final report of the Commission on Social Determinants of Health (WHO-CSDH, Trans.) in M. Marmot (Ed.), Geneva: World Health Organization.

World Health Organization. (2000). The world health report 2000 - Health systems: improving performance. Geneva, Switzerland: World Health Organization, p. 215.

World Health Organization (2009). Environment and health risks: the influence and effects of social inequalities. Geneva: World Health Organization Press. 52 p.

World Health Organization. (2010). Equity, social determinants and public health programmes, World Health Organization, 298p.

Wilson, K.; Eyles, J.; Ellaway, A.; Macintyre, S.; Macdonald, L. (2010). Health status and health behaviours in neighbourhoods: A comparison of Glasgow, Scotland and Hamilton, Canada, Health & Place, 16:331–338.

Vandenheede, H.; Deboosere, P.; Espelt, A.; Bopp, M.; Borrell, C., Costa, G.; Eikemo, T.A.; Gnavi, R.; Hoffmann, R., Kulhanova, I.; Kulik, M.; Leinsalu, M.; Martikainen, P.; Menvielle, G.; Rodriguez-Sanz, M., Rychtarikova, J.; Mackenbach, J.P. (2015). Educational inequalities in diabetes mortality across Europe in the 2000s: the interaction with gender. Int J Public Health ;60(4): 401-10.

Vaz, A.; Simões, J.; Santana, P.; Janeiro da costa, R. (1994). Desenvolvimento de um modelo de Avaliação de Estado de Saúde da População, Revista Portuguesa de Saúde Pública, 12(2):5-23.

Von Winterfeldt, D., Edwards, W. (1986). Decision analysis and behavioral research. Cambridge: Cambridge University Press.

Zuniga, M.A., Carrillo-Zuniga, G., Seol, Y.H., Fos, P.J. (2009). Multi-criteria assessment of county public health capability disparities, Journal of Health and Human Services Administration, 32(3):238-58

Última atualização: 8 de Outubro de 2015