ODS 12 | Produção e Consumo Sustentáveis

• Promover decisões de aquisição/compras que considerem a Estratégia Nacional para as Compras Públicas Ecológicas 2030 (ECO360), priorizando entidades fornecedoras que adotem práticas de sustentabilidade ambiental, de responsabilidade social e éticas.

• Implementar esforços para reduzir a produção de resíduos de acordo com a política dos 6R – reduzir, reutilizar, reciclar, repensar, redesenhar e reeducar, com o objetivo de minimizar o impacte ambiental, promover a economia circular e incentivar práticas sustentáveis em todas as operações.

• Estabelecer práticas regulares de reporte, monitorização e avaliação dos impactes ambientais, utilizando normativos e ferramentas de reporte/suporte que garantam a transparência, fiabilidade e comparabilidade, assegurando que as informações relativas a estes temas, nomeadamente à gestão de resíduos da Universidade, estão disponíveis ao público e acessíveis à comunidade académica.

• Combater o desperdício alimentar com iniciativas de incentivo à sua redução e ao consumo responsável.

No processo de aquisição de géneros alimentares são aplicados critérios ambientais e de proximidade na seleção das entidades fornecedoras, incentivando a adoção de práticas sustentáveis na cadeia de fornecimento. São tidos em conta fatores como: A) origem e impacte ambiental, b) estatuto de agricultura familiar e ainda c) qualidade certificada de modo de produção biológico. O distrito de Coimbra concentra as empresas fornecedoras responsáveis pelo maior volume de encomendas efetuadas pela Universidade de Coimbra. A aposta em fornecedores locais contribui para a redução dos custos de transporte, das emissões de gases com efeito de estufa associadas à cadeia de fornecimento e para a dinamização da economia regional. A título de exemplo, podem consultar o programa do procedimento de uma aquisição de produtos ultracongelados, realizado em 2024.

São definidos de critérios de sustentabilidade em diferentes tipologias de contratos, em cumprimento da legislação vigente e sinalizando a importância da adoção de práticas mais sustentáveis na cadeia de abastecimento. Tal verifica-se no âmbito dos seguintes contratos: de empreitada de obras públicas, de aquisição de serviços de Coordenação de Segurança em Obra e Gestão Ambiental e de Resíduos, de aquisição de material de limpeza e higiene, de aquisição de serviços de limpeza, de aquisição de serviços de jardinagem e limpeza de espaços exteriores, de aquisição de serviços de manutenção de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC), de aquisição de combustíveis rodoviários, de aquisição de serviços de impressão, cópia e digitalização através de equipamentos multifuncionais e impressoras respetiva manutenção e fornecimento de consumíveis, de aquisição de papel de cópia e impressão. A existência de critérios sustentáveis também se verifica nos contratos de concessão de exploração de espaço, consoante as atividades desenvolvidas.

A UC aposta em contratos de economia circular de recolha de óleos usados que servem de matéria-prima à produção de produtos de higiene e limpeza ecoló gicos, assim como, na aquisição desses mesmos produtos. Neste âmbito da eco nomia circular, a EcoXperience, uma startup portuguesa incubada na UC que integra o universo da marca Mistolin e que transforma óleos alimentares usados em produtos de limpeza upcyling, é a primeira marca, a nível mundial, a fazer a valorização de um resíduo – óleo alimentar – para obtenção de produtos de lim peza ecológicos – 100% biodegradáveis e com reduzido impacto ambiental.

No âmbito da promoção do uso sustentável do plástico, introduziram-se alterações em contratos públicos e a substituição de alguns produtos a adquirir, nomeadamente, a aquisição de água em embalagens cartonadas TetraPak, de copos de cartão e paletinas de madeira para café, de palhinhas de papel e de embalagens para takeaway em cartão e alumínio e substituíram-se, nas máquinas de vending de bebidas, os copos e paletinas de plásticos por copos de cartão e paletinas de madeira.

O Regulamento Geral de Prevenção e Gestão de Resíduos da Universidade de Coimbra (Despacho 266/2022 de 29 de dezembro) cria um conjunto de regras, orientações e procedimentos a implementar na Universidade de Coimbra para uma gestão de resíduos responsável, adequada e norteada pelos princípios de sustentabilidade e pelas boas práticas ambientais, a aplicar em todas as instalações/campus da Universidade de Coimbra.

A Universidade de Coimbra tem vários ecopontos instalados para separação dos principais resíduos urbanos em consonância com a cultura de combate ao desperdício e promoção de economia circular, assente na redução, reutilização, recuperação e reciclagem.

Inserida na preocupação com a gestão dos resíduos, a Universidade de Coimbra promove a eliminação responsável de grandes passivos de resíduos.

O Índice de Restos é monitorizado na Universidade de Coimbra e afere-se a relação entre o consumido e o oferecido, servindo igualmente como suporte à avaliação da satisfação e como indicador de qualidade. É também um indicador de qualidade, pelo que a sua adoção permite medir a qualidade das refeições servidas e a correta adaptação da ementa às necessidades e satisfação da população Universitária.

O Relatório de Sustentabilidade da Universidade de Coimbra, elaborado de acordo com o normativo da Global Reporting Initiative, apresenta um capítulo dedidado ao pilar "Planeta" onde são reportados os seus impactes ambientais, destacando as iniciativas, ações e políticas para promover a sustentabilidade ambiental.

A Universidade de Coimbra faz parte do Pacto Português para os Plásticos e do Centro Green Deal - Compras Públicas Circulares, projetos que contribuem diretamente para a produção e consumo responsáveis. A adesão ao Centro Green Deal em Compras Públicas é mais um passo no caminho sustentável que a UC tem vindo a percorrer, que vai contribuir para a implementação da Agenda de Economia Circular do Centro e para o cumprimento de diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Durante a vigência deste acordo as entidades signatárias vão beneficiar de um programa de capacitação e de apoio à implementação de procedimentos de aquisição de bens e serviços compatíveis com os princípios da economia circular. As compras públicas circulares apresentam-se como um processo que permite às entidades públicas adquirir produtos, bens e serviços que tenham um impacto ambiental reduzido, procurando a diminuição de consumos de energia e materiais, evitando os impactos negativos e a produção de resíduos ao longo de todo o ciclo de vida.

No âmbito da segunda edição do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro a UC desenvolve três ações que são monitorizadas:

• conceber e desenvolver o plano de sustentabilidade da UC, incluindo ações em prol da promoção da economia circular, garantindo a sua monitorização contínua (vertente de sensibilização e envolvimento social);
• incentivar a formação, o desenvolvimento de projetos académicos e a produção científica, no âmbito da economia circular, por parte de estudantes, docentes e investigadores/as (vertentes de sensibilização e envolvimento social e da capacitação para a economia circular);
• incrementar a recolha de resíduos produzidos, diretamente, nas operações da Universidade ou, indiretamente, pela vida no Campus (ex.: residências), promovendo a sua reutilização, a sua reciclagem ou outra forma de valorização, e estabelecendo parcerias com organizações de economia social e empresas (vertentes da valorização de subprodutos e resíduos e da extensão do ciclo de vida: reutilização, remanufatura, recondicionamento).