Grupos de Investigação
Património Literário e Ensino
Coordenador
Coordenadora
Entendendo-se a literatura portuguesa como efeito sedimentado de um conjunto de manifestações literárias inscritas num tempo muito alargado, entende-se também que é prioritário salvaguardar, no plano da investigação, a feição patrimonial dessas manifestações. Elas devem ser encaradas como parte da nossa memória ou como um ativo simbólico, cuja preservação, estudo e abordagem hermenêutica contribuem decisivamente para o nosso autoconhecimento e autoidentificação, com óbvias consequências na formação educativa do presente e do futuro. Nesse sentido, os atos de leitura que favorecem a interpretação ou a reinterpretação dos textos ajudam a manter viva aquela feição patrimonial. Para além disso, enquanto manifestações artísticas com componente material (plasmada em livros, manuscritos, coletâneas, objetos e modos de escrita), as práticas literárias carecem de cuidados e de ações de salvaguarda, em especial em dois domínios correlatos: o das edições e o das transferências de suportes. Como parece óbvio, é esta a área estratégica que mais expressivamente distingue o CLP, também tendo em conta o trabalho já realizado ao longo dos anos.
Teoria da Literatura
Coordenador
Sendo sabido que, em particular no plano do ensino, o lugar da teoria não corresponde hoje àquele que conheceu durante grande parte da segunda metade do século XX, é igualmente certo que ela constitui uma matéria de investigação que não pode ser descurada. Obedecendo sobretudo a uma lógica de investigação fundamental, a sua condição de domínio vocacionado para a indagação conceptual, para a problematização epistemológica e para a correlacionação interdisciplinar confere-lhe um lugar destacado em múltiplas áreas de investigação aplicada. Num centro de investigação em literatura portuguesa, a interação aqui implícita determina o entendimento da teoria como prioridade estratégica.
Estudos Contemporâneos
Coordenadora
O Grupo de Estudos Contemporâneos acolhe três projetos principais e dois individuais: 1. Dinâmicas Hipercontemporâneas, 2. Narrativas Especulativas nas Literaturas Africanas, 3. Poesia, Pós-Humanismo e Automatização da Linguagem, 4. Literatura Ativista e Subversiva e 5. Máquinas Literárias. Uma História Crítica da Automatização da Leitura, da Edição e da Escrita.
Mediação Digital e Materialidades da Literatura
Coordenador
As mudanças nas tecnologias de comunicação ocorridas nas últimas três décadas alteraram quer os regimes de representação dos média, quer os regimes de representação baseados nos códigos da letra e da escrita. Esta modificação resultou num novo capítulo na teoria crítica sobre as materialidades da comunicação, com reflexos na investigação das formas literárias. O objetivo do Grupo de Investigação "Mediação Digital e Materialidades da Literatura" é desenvolver uma área emergente de investigação, centrada na análise das materialidades da literatura – materialidades do som, da voz, da performance, da imagem, da escrita, e ainda as materialidades digitais que caracterizam práticas e formas literárias contemporâneas. A análise da materialidade implicará também uma reflexão sobre a mediação tecnológica nas suas relações com a literatura – impressão, livro, fotografia, fonografia, máquina de escrever, cinema, rádio, televisão, vídeo, computador digital, telemóvel, média locativos e sociais – e uma teoria geral da literatura enquanto sistema de inscrições. O contexto atual originou novos métodos de análise literária, muitas vezes subsumidos sob a designação de 'Estudos Literários Digitiais' e 'Humanidades Digitais'. Estas transformações teóricas e tecnológicas relocalizaram o "literário" num ambiente medial e é esta relocalização tecno-social da experiência literária que este grupo se propõe investigar.